É maior tarefa da empresa moderna: encontrar uma conjugação entre justiça e dignidade, entre igualdade de oportunidades e status social.
A empresa moderna, como filha do capitalismo e da sociedade de mercado, é baseada numa doutrina cuja maior fraqueza é a incapacidade para ver a necessidade de status e função do individuo na sociedade.
Ao recusar preocupar-se com a maioria que não alcançou o sucesso, a sociedade de mercado foi uma verdadeira descendente do Calvinismo – que rejeitava a maioria que não é eleita para ser salva. Segundo o filosofo inglês Herbert Spencer, essa crença é agora normalmente expressa na linguagem Darwiniana da “sobrevivência do mais apto” em vez de ser expressa em termos teológicos.
Isto não altera o fato de a filosofia da sociedade de mercado só fazer sentido se os que não têm sucesso forem vistos como “rejeitados pelo senhor”, pelo que ter pena deles seria um pecado tão grande como questionar a decisão de Deus.
Só podemos negar o status social e função aos que não são bem sucedidos economicamente se estivermos convencidos de que essa ausência de sucesso econômico é sempre por culpa da própria pessoa e é uma indicação segura da sua incapacidade como personalidade humana e como cidadão.
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