“Organizacionite”, Uma Doença Crônica
Algumas empresas, especialmente as maiores e as em franca expansão, sofrem de uma doença chamada “Organizacionite”. Todo mundo se preocupa com a organização. Está sempre havendo alguma reorganização levando a várias reuniões, geralmente sobre o mesmo problema que aparece e desaparece como uma simples gripe. Ao primeiro sinal do problema, mesmo que seja apenas um espirro a respeito de algum procedimento entre logística e comercial, começa-se a berrar pela presença de “médicos organizacionais”, pessoal da TI e assessores internos. E nenhuma solução organizacional dura muito tempo; na realidade, poucos esquemas organizacionais duram o suficiente para ser testados e colocados em prática antes que comece algum outro estudo sobre um “novo” problema.
Em alguns casos isso realmente denota má organização. A “organizacionite” atacará se a estrutura organizacional não enfrentar o que é fundamental. Ela é especialmente conseqüência de não se repensar e de não se estruturar a empresa quando ocorre uma alteração fundamental de tamanho e complexidade da empresa ou em seus objetivos e sua estratégia.
Mas bastante freqüente a “organizacionite” é uma forma de hipocondria administrativa. É, portanto, preciso ressaltar que as mudanças organizacionais não devem ser empreendidas com freqüência ou com superficialidade. Reorganização é um tipo de cirurgia; e mesmo as pequenas cirurgias são arriscadas.
É preciso resistir às exigências de estudos da organização ou de reorganização como solução para os males de pouca gravidade. Nenhuma organização jamais será perfeita. A presença de um certo atrito, de incongruências e confusão organizacionais é inevitável.
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